Karatê

Considerado uma das principais artes marciais japonesas, a origem do karatê acontece no século XV no pequeno reino de Ryukyu, grupo de ilhas localizado atualmente no sul do Japão e que formam a atual Província de Okinawa, combinando influências chinesas e japonesas. O então reino independente tinha conexões culturais e comerciais com a China. Por isso, muitas delegações chinesas viajavam para Okinawa e, como parte do intercâmbio cultural entre as duas nações, muitos mestres de artes marciais chineses chegaram em Ryukyu e influenciaram as artes marciais locais.

Capoeira

A capoeira surgiu como resposta a violência a qual os escravizados eram submetidos em tempos coloniais e imperiais no Brasil. A partir de golpes e movimentos corporais ágeis, a luta permitia que eles se defendessem das brutais perseguições dos capitãos do mato, cuja atribuição era capturar quem havia fugido. Acredita-se que a origem do nome capoeira tenha relação aos locais onde o esporte era praticado: em campos abertos e sem vegetação. Esta técnica era também uma forma de preservar a cultura de origem e desenvolver laços entre os praticantes. Para não levantarem suspeitas os senhores de engenho proibiam que praticassem qualquer tipo de esporte, os capoeiristas adaptaram os movimentos e adicionaram elementos coreográficos e musicais, camuflando seu verdadeiro significado. Após a abolição da escravatura, a prática continuou sendo vista como subversiva e apenas em 1937 deixou de ser considerada criminosa pelo Código Penal brasileiro.

Jiu-Jitsu

O Jiu-jitsu ou “arte suave”, nasceu na Índia e era praticado por monges budistas, preocupados com a auto-defesa. Mitsuyo Maeda, conhecido como Conde Koma, foi um judoca japonês e uma figura fundamental para o desenvolvimento do jiu-jitsu brasileiro, pelo que transmitiu o conhecimento da sua arte a uma das famílias mais propulsoras desta modalidade. Ao longo da sua carreira, venceu inúmeras lutas profissionais. Depois de viajar e de ter lutado em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915 e fixou-se em Belém do Pará. Era também um promotor da emigração japonesa no Brasil. Nessa época conheceu Gastão Gracie, pai de oito filhos, cinco homens e três mulheres. Gastão tornou-se um entusiasta do jiu-jitsu e levou o seu filho mais velho, Carlos, para aprender a luta com o japonês.